Saturday, July 28, 2007

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Aspectos políticos do aborto (2)

20/Julho/2007 | Luci Léa

Para o presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, Prof. Humberto L. Vieira, são duas as origens dos atentados à vida: de um lado se situam os grupos que desejam o controle político do mundo, de outro, grupos que buscam o aperfeiçoamento da raça humana através da eugenia. Além disso, os bancos de tecidos fetais, a indústria dos transplantes e os interessados em fecundação artificial defendem a legalização do aborto. Esses grupos gastam bilhões de dólares para a destruição da vida humana criando uma mentalidade “anti-vida”.

Segue parte da entrevista do Prof. Vieira: “A defesa da vida e da família - Subsídios para reflexão”, que pode ser encontrada na íntegra no site www.providafamilia.org.br

EUGENIA E IPPF: No início do século XX foi instituída uma organização com o apoio da sociedade de eugenia inglesa e do Conselho de População, sob os auspícios dos Rockfeller. Essa organização, hoje denominada de IPPF (Federação Internacional de Planejamento Familiar) foi fundada e presidida, desde seu início, pela Sra. Margareth Sanger, falecida em 1967.

Os membros dessa organização acreditam que o mundo seria melhor se habitado por pessoas de puro sangue, detentores de uma raça superior. Para Margaret Sanger, os negros, mulatos e pobres constituem uma subraça e recomendava um rígido controle de população para os integrantes desses grupos, com esterilização maciça, anticoncepcionais e aborto.

A IPPF, hoje, é a maior organização privada promotora do aborto, da contracepção e da educação sexual hedonista, em todo o mundo. Suas 178 entidades afiliadas seguem estratégias e programas estabelecidos pela matriz de Londres e recebem de 2 e meio a 3 milhões de dólares anuais.

RECURSOS: - No Brasil, a IPPF direciona parte desses recursos ao próprio governo - através dos Ministérios da Saúde, da Educação e das Relações Exteriores - além de outras 60 entidades, as chamadas ONGs.

Contudo, é a BEMFAM (Sociedade de Bem-Estar Familiar) quem mais recebe para seus projetos, uma vez que é uma entidade afiliada da IPPF, (com sede em Londres) e que declarada de utilidade pública, mantém 12 unidades próprias de atendimento e mais de 2.000 convênios com prefeituras municipais.

PLANEJAMENTO FAMILIAR: Os projetos da BEMFAM denominados de “planejamento familiar” promovem a esterilização em massa de mulheres, distribuição de contraceptivos e a propaganda do aborto etc.

Os projetos são desenvolvidos por entidades feministas como a CEPIA (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação), a PRO-Pater, Universidades e Secretarias Estaduais de Saúde, a organização que se autodenomina “Católicas pelo Direito de Decidir” (e que promove o aborto), o Centro Feminista de Estudos e Assessoria, mais conhecida como CFÊMEA, e outras.

LEIS NO CONGRESSO: O CFÊMEA é uma organização feminista que faz ‘lobby’ no Congresso Nacional, no interesse de organizações promotoras do controle de população, do aborto, da eutanásia, do homossexualismo; esse grupo é apoiado pelo UNICEF, Fundação Ford, Fundação Mac Arthur e outros.

O documento “Inventário dos Projetos de População” publicado pela ONU (1996) informa que foram destinados 112.600 dólares para os trabalhos da constituinte brasileira - o dinheiro foi para acompanhar e assistir os constituintes com o objetivo de incluir no texto constitucional o planejamento familiar.

Segundo esse mesmo documento, na época, a própria BEMFAM destinou parte dos seus 2 milhões de dólares para assessorar o Grupo Parlamentar Brasileiro de População e Desenvolvimento (GPED) - grupo que defende interesses de países ricos. Assim, não é surpresa para ninguém saber que eles já conseguiram aprovar a lei sobre planejamento familiar (Lei n° 9.263/96), incluindo a esterilização como um de seus métodos.

QUEM APRESENTA AS LEIS: Em cada país, onde há em funcionamento o Legislativo, existe o GPEPD (Grupo Parlamentar de População e Desenvolvimento) e o GPI (Grupo Parlamentar Interamericano) - grupos de parlamentares para fomentar o controle populacional. Entre os objetivos do GPI está: revisar as legislações nacionais a fim de considerar a possibilidade de despenalizar o aborto, a pretexto do grande número que se realiza a margem da lei e da alta taxa de mortalidade que deles resulta.

Esse grupo parlamentar, mantido pela IPPF, é encarregado de propor leis que alterem a legislação com o objetivo de alinhar a política de população do País aos interesses desses grupos. Os membros desse grupo parlamentar não são conhecidos.

Entretanto, hoje no Brasil, existem nove projetos de aborto em tramitação na Câmara Federal e todos foram apresentados por deputados do PT. E, segundo o deputado José Genoíno, em artigo publicado nos jornais, faz parte do Programa do PT a legalização do aborto no País.

APROVANDO AS LEIS: Com tantos recursos, é fácil conseguir pessoal para defender a legalização do aborto e de outras atividades relacionadas ao controle de população, além da maciça propaganda nos meios de comunicações e envolvimento da comunidade. E tudo isso como se fosse de interesse nacional ou de defesa dos direitos da mulher.

Claro está que muitos, de boa fé, trabalham para esses projetos, por absoluta desinformação. Outros, porém, assalariados, cumprem apenas com o seu dever de empregados ou contratados.

Na área política, muitos parlamentares agem de boa fé ao aprovar ou defender aquelas medidas. Bombardeados pela propaganda e pelo “lobby”, muitos de nossos deputados e senadores, desinformados, até acreditam que estão fazendo o melhor para sua comunidade ao defenderem a legalização do aborto, da esterilização etc.

ESTRATÉGIAS: Os promotores da “cultura da morte” têm uma estratégia bem definida. Usando de eufemismos e meias-verdades procuram envolver organizações religiosas, instituições e pessoas de boa fé para defenderem suas causas. Por exemplo, usam a denominação “Planejamento Familiar” para significar “Controle de População”. A expressão “saúde sexual e reprodutiva”, “saúde reprodutiva”, “maternidade sem riscos”, significam a inclusão do aborto legalizado. Aliás, isso já foi definido pela Organização Mundial de Saúde, quando da Conferência do Cairo.

CIDADANIA: Na proporção que o cidadão for informado dessas manobras imperialistas e de como trabalham seus representantes no Congresso Nacional, ele passará a exercer sua cidadania consciente, e escolherá melhor seus representantes.

A pretensa defesa dos direitos da mulher, alegada pelos partidários da legalização do aborto, é uma falácia. Em verdade trata-se de usar as mulheres em benefício dos interesses imperialistas e racistas

Assim, a divulgação de informações é de importância fundamental para que a comunidade tome consciência de seu papel e não aceite interferência externa em sua política populacional.

(*) Luci Léa Lopes Martins Tesoro, pela campanha de mobilização contra o aborto e em favor da vida/ Diocese de Rondonópolis-MT

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