Monday, November 07, 2011

Sacerdote denuncia o perigos da religião universal proposta pela ONU

Sacerdote denuncia o perigos da religião universal proposta pela ONU

SÃO PAULO, 05 Nov. 11 / 02:50 pm (ACI)

O sacerdote, jornalista e doutor em Teologia pela Universidade de Navarra (Espanha), monsenhor Juan Claudio Sanahuja, denunciou como a ONU e outras entidades buscam estrategicamente influenciar os países com políticas anti-vida e a proposta de uma religião universal no congresso pró-vida da Human Life International em São Paulo.

Segundo o sacerdote que também é membro da Pontifícia Academia para a Vida, existe uma nova guerra fria – existe um projeto de poder global- evidente em documentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e em pronunciamentos e ações de chefes de Estado em todo o mundo.

“Hoje, se fala do politicamente correto, um pensamento único comum às pessoas de muitas nações. Esse projeto é um conjunto de medidas para implementar um conjunto de regras de como pensar, do que falar e fazer”, advertiu o sacerdote.

Falando concretamente sobre o papel da ONU para influenciar com políticas anti-vida as constituições das nações no mundo inteiro, Mons. Sanahuja explicou em diálogo com a ACI Digital, que “a ONU tem há muito tempo um projeto de poder global”.

“Em grande parte esta onda da cultura da morte vem motorizada pelos desejos dos países do norte de ter grandes reservas de matérias primas e minerais nos territórios países do sul que alimente os opulentos padrões de consumo dos países do norte. (...) Na raiz está isto: o desejo egoísta de domínio , simplesmente, para ter nos países do sul um enorme armazém... que cubra os padrões de consumo dos países do norte.

“Por isso o interesse da ONU de controlar a população mundial, impor a anticoncepção, impor o aborto, impor reformas até mesmo nos códigos éticos das religiões”, afirmou.

Seguindo o diálogo com a nossa agência, Mons. Sanahuja falou que a religião universal, “também pode ser conhecida como novo código ético universal” e que esta vem infiltrando-se nas demais religiões.

“Este código vem marcado pelo desejo dos organismos internacionais da ONU, por exemplo, também de alguns países centrais de mudar as convicções religiosas dos povos, para que seu plano de anticoncepção, de aborto, que eles mesmos chamam de re-engenharia social, seja aceito pelos países menos desenvolvidos”, sublinhou.

Este código ético segundo o Monsenhor “impõe valores relativos”. “Como dizia João Paulo II: o relativismo se converte em um totalitarismo, o relativismo unido à democracia se converte em um totalitarismo visível ou encoberto”.

“Pretende-se substituir as verdades imutáveis da lei natural, da religião cristã, ou das que eles chamam de religiões abraâmicas, por valores relativos de modo que tudo o que for afirmado como um valor imutável, como por exemplo o valor de toda vida humana, na condição que for, ou que o matrimônio só ocorre na união entre homem e mulher, tudo o que for afirmado assim, para eles é totalitarismo e altera a paz social”.

“Portanto isso dá pé a esta nova ordem mundial, para perseguir (se considera necessário) a Igreja e a todos os que tenham convicções imutáveis”, acrescentou.

Em seguida, o sacerdote explicou que a nova religião universal é “este novo código ético que querem impor-nos através da re-interpreação dos direitos humanos” e citou, por exemplo, a ideologia de gênero, como uma das novas manifestações deste código que organismos internacionais querem impor.

Como ícone desta religião universal o sacerdote citou a carta da terra, um documento “nasceu da sociedade civil mundial, envolveu em sua elaboração a mais de cem mil pessoas de 46 países, e já foi assumida em 2003 pela UNESCO ‘como instrumento educativo e uma referência ética para o desenvolvimento sustentável’. Participaram ativamente em sua concepção Mikhail Gorbachev, Maurice Strong e Steven Rockfeller, entre outros.

O autor brasileiro e um dos maiores impulsores da teologia marxista da libertação, Leonardo Boff, defendeu a carta da terra em certa ocasião na Assembleia das Nações Unidas afirmando que “a Terra é a Mãe Universal; a Terra mesma está viva (...). Antigamente era a Mãe Fecunda, para isso surgiu a Carta da Terra, que já foi reconhecida pela UNESCO como instrumento educativo. A Carta da Terra apresenta pautas para salvá-la, olhando para com ela com compreensão, e amor".

"O necessário é a espiritualidade, e não os credos e as doutrinas", afirmou também Boff.

Diante disto o sacerdote denunciou a que a estratégia da ONU e dos organismos que a promovem é que esta “nova religião universal, sem dogmas”; se infiltre nas demais religiões.

Diante deste amplo panorama, Mons. Juan Claudio Sanahuja destacou que é preciso resgatar “a familia humana fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, a defesa da vida humana desde sua concepção até o seu fim natural e os direitos dos pais à educação dos filhos”.

Sunday, February 08, 2009

Curiosidade: Consagração a Nossa Senhora e o destino da Segunda Grande Guerra

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R
elato de Winston Churchill:

"A batalha de El-Alamein diferiu de todos os combates anterioes (no norte da Africa)"... "mas há uma outra razão pela qual será lembrada: marcou, na verdade, a virada da sorte". pode-se quase dizer: '
antes de El-alamein, nunca tivemos uma vitória. Depois de El-Alamein, nunca tivemos uma derrota'"

Efetivamente até a data fatídica desta esganiçada batalha, Hitler já havia dominado toda a Europa continental, Hommel avançava sobre o Egito com todo um arsenal moderno de tanques Panzer, milhares de toneladas de armamento despojados em todo o norte da Africa e uma moral beirando a euforia pelas conquistas alcançadas, apesar de todos os esforços dos ingleses.

A batalha foi travada às portas da capital do Egito e, portanto, do cobiçado acesso ao canal de Suez (e o encontro com os japoneses aliados, na India), às minas do liquido mais precioso existente em tempos guerra, o petróleo, enfim, a efetiva conquista do mundo.

Detalhe:
iniciou-se em 26 de outubro e encerrou-se em 4 de novembro de 1942.

Data da consagração a Nossa Senhora, pelo Papa Pio XII, pela paz no mundo: 31 de outubro de 1942.

fonte: Memórias da Segunda Guerra Mundial, de Winston Churchill, vol. 2, ed. Nova Fronteira, pg 738
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Consagração a Nossa Senhora e o destino da Segunda Grande Guerra

Relato de Winston Churchill:

"A batalha de El-Alamein diferiu de todos os combates anterioes (no norte da Africa)"... "mas há uma outra razão pela qual será lembrada: marcou, na verdade, a virada da sorte". pode-se quase dizer: '
antes de El-alamein, nunca tivemos uma vitória. Depois de El-Alamein, nunca tivemos uma derrota'"

Efetivamente até a data fatídica desta esganiçada batalha, Hitler já havia dominado toda a Europa continental, Hommel avançava sobre o Egito com todo um arsenal moderno de tanques Panzer, milhares de toneladas de armamento despojados em todo o norte da Africa e uma moral beirando a euforia pelas conquistas alcançadas, apesar de todos os esforços dos ingleses.

A batalha foi travada às portas da capital do Egito e, portanto, do cobiçado acesso ao canal de Suez (e o encontro com os japoneses aliados, na India), às minas do liquido mais precioso existente em tempos guerra, o petróleo, enfim, a efetiva conquista do mundo.

Detalhe:
iniciou-se em 26 de outubro e encerrou-se em 4 de novembro de 1942.

Data da consagração a Nossa Senhora, pelo Papa Pio XII, pela paz no mundo: 31 de outubro de 1942.

fonte: Memórias da Segunda Guerra Mundial, de Winston Churchill, vol. 2, ed. Nova Fronteira, pg 738

Saturday, July 28, 2007

A TRIBUNA - O melhor jornal da região » Aspectos políticos do aborto (2)

A TRIBUNA - O melhor jornal da região » Aspectos políticos do aborto (2): "Aspectos políticos do aborto (2)"

Aspectos políticos do aborto (2)

20/Julho/2007 | Luci Léa

Para o presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, Prof. Humberto L. Vieira, são duas as origens dos atentados à vida: de um lado se situam os grupos que desejam o controle político do mundo, de outro, grupos que buscam o aperfeiçoamento da raça humana através da eugenia. Além disso, os bancos de tecidos fetais, a indústria dos transplantes e os interessados em fecundação artificial defendem a legalização do aborto. Esses grupos gastam bilhões de dólares para a destruição da vida humana criando uma mentalidade “anti-vida”.

Segue parte da entrevista do Prof. Vieira: “A defesa da vida e da família - Subsídios para reflexão”, que pode ser encontrada na íntegra no site www.providafamilia.org.br

EUGENIA E IPPF: No início do século XX foi instituída uma organização com o apoio da sociedade de eugenia inglesa e do Conselho de População, sob os auspícios dos Rockfeller. Essa organização, hoje denominada de IPPF (Federação Internacional de Planejamento Familiar) foi fundada e presidida, desde seu início, pela Sra. Margareth Sanger, falecida em 1967.

Os membros dessa organização acreditam que o mundo seria melhor se habitado por pessoas de puro sangue, detentores de uma raça superior. Para Margaret Sanger, os negros, mulatos e pobres constituem uma subraça e recomendava um rígido controle de população para os integrantes desses grupos, com esterilização maciça, anticoncepcionais e aborto.

A IPPF, hoje, é a maior organização privada promotora do aborto, da contracepção e da educação sexual hedonista, em todo o mundo. Suas 178 entidades afiliadas seguem estratégias e programas estabelecidos pela matriz de Londres e recebem de 2 e meio a 3 milhões de dólares anuais.

RECURSOS: - No Brasil, a IPPF direciona parte desses recursos ao próprio governo - através dos Ministérios da Saúde, da Educação e das Relações Exteriores - além de outras 60 entidades, as chamadas ONGs.

Contudo, é a BEMFAM (Sociedade de Bem-Estar Familiar) quem mais recebe para seus projetos, uma vez que é uma entidade afiliada da IPPF, (com sede em Londres) e que declarada de utilidade pública, mantém 12 unidades próprias de atendimento e mais de 2.000 convênios com prefeituras municipais.

PLANEJAMENTO FAMILIAR: Os projetos da BEMFAM denominados de “planejamento familiar” promovem a esterilização em massa de mulheres, distribuição de contraceptivos e a propaganda do aborto etc.

Os projetos são desenvolvidos por entidades feministas como a CEPIA (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação), a PRO-Pater, Universidades e Secretarias Estaduais de Saúde, a organização que se autodenomina “Católicas pelo Direito de Decidir” (e que promove o aborto), o Centro Feminista de Estudos e Assessoria, mais conhecida como CFÊMEA, e outras.

LEIS NO CONGRESSO: O CFÊMEA é uma organização feminista que faz ‘lobby’ no Congresso Nacional, no interesse de organizações promotoras do controle de população, do aborto, da eutanásia, do homossexualismo; esse grupo é apoiado pelo UNICEF, Fundação Ford, Fundação Mac Arthur e outros.

O documento “Inventário dos Projetos de População” publicado pela ONU (1996) informa que foram destinados 112.600 dólares para os trabalhos da constituinte brasileira - o dinheiro foi para acompanhar e assistir os constituintes com o objetivo de incluir no texto constitucional o planejamento familiar.

Segundo esse mesmo documento, na época, a própria BEMFAM destinou parte dos seus 2 milhões de dólares para assessorar o Grupo Parlamentar Brasileiro de População e Desenvolvimento (GPED) - grupo que defende interesses de países ricos. Assim, não é surpresa para ninguém saber que eles já conseguiram aprovar a lei sobre planejamento familiar (Lei n° 9.263/96), incluindo a esterilização como um de seus métodos.

QUEM APRESENTA AS LEIS: Em cada país, onde há em funcionamento o Legislativo, existe o GPEPD (Grupo Parlamentar de População e Desenvolvimento) e o GPI (Grupo Parlamentar Interamericano) - grupos de parlamentares para fomentar o controle populacional. Entre os objetivos do GPI está: revisar as legislações nacionais a fim de considerar a possibilidade de despenalizar o aborto, a pretexto do grande número que se realiza a margem da lei e da alta taxa de mortalidade que deles resulta.

Esse grupo parlamentar, mantido pela IPPF, é encarregado de propor leis que alterem a legislação com o objetivo de alinhar a política de população do País aos interesses desses grupos. Os membros desse grupo parlamentar não são conhecidos.

Entretanto, hoje no Brasil, existem nove projetos de aborto em tramitação na Câmara Federal e todos foram apresentados por deputados do PT. E, segundo o deputado José Genoíno, em artigo publicado nos jornais, faz parte do Programa do PT a legalização do aborto no País.

APROVANDO AS LEIS: Com tantos recursos, é fácil conseguir pessoal para defender a legalização do aborto e de outras atividades relacionadas ao controle de população, além da maciça propaganda nos meios de comunicações e envolvimento da comunidade. E tudo isso como se fosse de interesse nacional ou de defesa dos direitos da mulher.

Claro está que muitos, de boa fé, trabalham para esses projetos, por absoluta desinformação. Outros, porém, assalariados, cumprem apenas com o seu dever de empregados ou contratados.

Na área política, muitos parlamentares agem de boa fé ao aprovar ou defender aquelas medidas. Bombardeados pela propaganda e pelo “lobby”, muitos de nossos deputados e senadores, desinformados, até acreditam que estão fazendo o melhor para sua comunidade ao defenderem a legalização do aborto, da esterilização etc.

ESTRATÉGIAS: Os promotores da “cultura da morte” têm uma estratégia bem definida. Usando de eufemismos e meias-verdades procuram envolver organizações religiosas, instituições e pessoas de boa fé para defenderem suas causas. Por exemplo, usam a denominação “Planejamento Familiar” para significar “Controle de População”. A expressão “saúde sexual e reprodutiva”, “saúde reprodutiva”, “maternidade sem riscos”, significam a inclusão do aborto legalizado. Aliás, isso já foi definido pela Organização Mundial de Saúde, quando da Conferência do Cairo.

CIDADANIA: Na proporção que o cidadão for informado dessas manobras imperialistas e de como trabalham seus representantes no Congresso Nacional, ele passará a exercer sua cidadania consciente, e escolherá melhor seus representantes.

A pretensa defesa dos direitos da mulher, alegada pelos partidários da legalização do aborto, é uma falácia. Em verdade trata-se de usar as mulheres em benefício dos interesses imperialistas e racistas

Assim, a divulgação de informações é de importância fundamental para que a comunidade tome consciência de seu papel e não aceite interferência externa em sua política populacional.

(*) Luci Léa Lopes Martins Tesoro, pela campanha de mobilização contra o aborto e em favor da vida/ Diocese de Rondonópolis-MT

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Saturday, June 23, 2007

BENTO XVI A DOCENTES UNIVERSITÁRIOS: EUROPA DEVE REDESCOBRIR SUA HERANÇA CRISTÃ PARA RESPONDER À CRISE DA MODERNIDADE

BENTO XVI A DOCENTES UNIVERSITÁRIOS: EUROPA DEVE REDESCOBRIR SUA HERANÇA CRISTÃ PARA RESPONDER À CRISE DA MODERNIDADE

...Numa Europa que "atualmente, está vivendo certa instabilidade social e uma desconfiança diante de valores tradicionais", a promoção de um novo humanismo "requer uma clara compreensão do que significa realmente a modernidade" _ disse o papa.

Em torno desta exigência, que o papa reitera como "inadiável", o Santo Padre fez uma reflexão sobre o papel que as Universidades européias podem e devem desempenhar "a serviço de uma Europa mais unida".

"Longe de ser fruto de um desejo superficial pela novidade, a busca de um novo humanismo deve considerar, seriamente, o fato que hoje, a Europa está tendo um maciço deslocamento cultural, no qual homens e mulheres são cada vez mais conscientes do chamado a serem, ativamente, engajados na mudança de sua história. Historicamente, foi na Europa que o Humanismo se desenvolveu, graças à frutuosa interação entre as várias culturas de seus povos e da fé cristã. A Europa hoje deve conservar e reaver sua tradição autêntica, se quiser permanecer fiel à sua vocação de berço do Humanismo."

Bento XVI chamou a atenção dos cerca de dois mil participantes do congresso, reunidos na Sala Paulo VI, sobre três questões que impõem _ observou ele _ uma análise aprofundada. Em primeiro lugar, o Pontífice fez um aceno "à exigência de um estudo aprofundado sobre a crise da modernidade". Noção _ disse _ que, nos séculos mais recentes, "condicionou fortemente" a cultura européia.

O papa chamou a atenção para a falsa dicotomia criada entre o "humanismo autêntico" _ que contempla também o transcendente _ e certo "teísmo", ambos considerados como extremos de um "conflito inconciliável entre lei divina e liberdade humana".

Perguntamo-nos, sobretudo _ afirmou o pontífice _ se, como escreveu João Paulo II na encíclica Redemptor hominis, nesta era de progressos econômicos e técnicos "o homem, como homem, no contexto desse progresso, se torna verdadeiramente melhor, isto é, mais maduro espiritualmente, mais consciente da dignidade de sua humanidade, mais responsável e mais aberto aos outros _ em particular aos mais necessitados e mais frágeis _ e mais disponível a dar e levar ajuda a todos".

Em segundo lugar, o Santo Padre refletiu sobre a relação entre fé e razão, afirmando, entre outras coisas, que o aumento das Universidades européias foi promovido com base na convicção de que fé e razão podem cooperar "na busca da verdade, cada uma respeitando a natureza e a legítima autonomia da outra, todavia funcionando juntos, de modo harmonioso e criativo, a serviço da realização da pessoa humana na verdade e no amor".

"O atual deslocamento cultural é comumente visto como "um desafio" à cultura da Universidade e ao próprio Cristianismo, sobretudo como "horizonte" em relação ao qual podem e devem ser encontradas soluções criativas."

Em terceiro e último lugar, o papa refletiu sobre "a contribuição que o Cristianismo pode dar ao Humanismo do futuro". A chamada "questão do homem", objeto de debate no congresso dos reitores e docentes universitários, "desafia a Igreja _ ressaltou Bento XVI _ a conceber modos eficazes de proclamar à cultura atual, "o realismo" de sua fé na obra de salvação de Cristo.

O Cristianismo _ ressaltou o pontífice _ "não deve ser relegado ao mundo dos mitos e das emoções, mas deve ser respeitado, para que seu anúncio ilumine a verdade acerca do homem, de modo a transformar, espiritualmente, os homens e as mulheres, e permitir-lhes realizar a própria vocação na história".

"O conhecimento _ reiterou o Pontífice _ jamais pode ser limitado ao campo puramente intelectual; ele inclui também, a renovada capacidade de olhar para as coisas sem preconceitos e de permitir que possamos ser surpreendidos pela realidade cuja verdade pode ser descoberta unindo o intelecto ao amor. Somente aquele Deus que tem o rosto humano, revelado em Jesus Cristo, pode nos impedir _ concluiu Bento XVI _ de reduzir a realidade, justamente quando requer níveis de compreensão sempre novos e sempre mais complexos. A Igreja tem consciência de sua responsabilidade de dever oferecer essa contribuição à cultura atual." (RL)

Sunday, May 27, 2007

Carta de Bento XVI: Os três desafios do mundo globalizado

Zenit, agência de informação - O mundo visto a partir de Roma

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
À PRESIDENTE DA PONTIFÍCIA ACADEMIA
DAS CIÊNCIAS SOCIAIS POR OCASIÃO
DA VIII SESSÃO PLENÁRIA

Carta de Bento XVI: Os três desafios do mundo globalizado

À presidente da Academia Pontifícia de Ciências Sociais

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 15 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Publicamos a carta que Bento XVI enviou à presidente da Academia Pontifícia de Ciências Sociais, a professora Mary Ann Glendon, por ocasião da sessão plenária celebrada no Vaticano sobre o tema «Caridade e Justiça nas relação entre povos e nações», de 27 de abril a 1 de maio.

A Sua Excelência Professora MARY ANN GLENDON
Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais

No momento em que a Pontifícia Academia das Ciências Sociais se reúne para a sua XIII Sessão Plenária, é com prazer que vos saúdo, bem como aos vossos ilustres colegas, e que transmito os meus sinceros bons votos pelas vossas deliberações.

Este encontro anual da Academia é dedicado à consideração do seguinte tema: "Caridade e justiça nas relações entre os povos e as nações". A Igreja não pode deixar de se interessar por esta temática, uma vez que a busca da justiça e a promoção da civilização do amor constituem aspectos essenciais da sua missão de proclamar o Evangelho de Jesus Cristo. Sem dúvida, a construção de uma sociedade justa é a responsabilidade primária da ordem política, tanto nos Estados individualmente como no seio da comunidade internacional. Como tal ela exige, a todos os níveis, um exercício disciplinado da razão prática e uma formação da vontade, em vista de discernir e alcançar os específicos requisitos de justiça, no pleno respeito pelo bem comum e pela dignidade inalienável de cada indivíduo. Na minha Encíclica Deus caritas est, no início do meu Pontificado, desejei afirmar de novo o desejo que a Igreja tem de contribuir para esta necessária purificação da razão, para ajudar a formar as consciências e estimular uma maior resposta às exigências genuínas da justiça. Ao mesmo tempo, desejei salientar que, mesmo na sociedade mais justa, sempre haverá lugar para a caridade: "Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor" (n. 28 b).

A convicção da Igreja acerca da inseparabilidade da justiça e da caridade brota, em última análise, da sua experiência da revelação da justiça e misericórdia infinitas de Deus em Jesus Cristo, enquanto encontra expressão na sua insistência de que o próprio homem e a sua dignidade irredutível devem ocupar um lugar fulcral na vida política e social. Assim o seu ensinamento, que visa não apenas os fiéis, mas também todas as pessoas de boa vontade, apela à razão recta e à justa compreensão da natureza humana, propondo princípios que sejam capazes de orientar os indivíduos e as comunidades na sua busca de uma ordem social que se caracterize pela justiça, liberdade, solidariedade e paz.

Como bem sabeis, no âmago de tal ensinamento encontra-se o princípio do destino universal de todos os bens da criação. De acordo com este princípio fundamental, tudo aquilo que a terra produz e tudo o que o homem transforma e fabrica, toda a sua ciência e a sua tecnologia, tudo deve servir para o bem do desenvolvimento e para a realização da família humana e de cada um dos seus membros.

Com base nesta perspectiva integralmente humana, podemos compreender de maneira mais completa o papel essencial que a caridade desempenha na busca da justiça. O meu predecessor, o Papa João Paulo II, estava convencido de que a justiça sozinha é insuficiente para instaurar relações autenticamente humanas e fraternas no seio da sociedade. "Em toda a gama das relações entre os homens" afirmava ele "[a justiça] deve passar, por assim dizer, por uma "correcção" notável, por aquele amor que, como proclama São Paulo, é "paciente" e "benigno" ou, por outras palavras, que comporta as características do amor misericordioso, tão essenciais para o Evangelho e para o Cristianismo" (Dives in misericordia, 14). Em suma, a caridade não só torna a justiça capaz de ser mais inventiva e de enfrentar novos desafios, mas inclusive inspira e purifica os esforços da humanidade em vista de alcançar a justiça autêntica e, deste modo, a construção de uma sociedade digna do homem.

Num momento em que, "superando as fronteiras das comunidades nacionais, a solicitude pelo próximo tende, assim, a alargar os seus horizontes ao mundo inteiro" (Deus caritas est, 30 a), a relação intrínseca entre a caridade e a justiça tem necessidade de ser mais claramente compreendida e evidenciada. Ao manifestar a minha confiança de que os vossos debates durante estes dias serão fecundos a este propósito, gostaria de chamar brevemente a vossa atenção para três desafios específicos que se estão a apresentar ao mundo, desafios estes que, na minha opinião, só podem ser enfrentados mediante um compromisso firme em vantagem da justiça mais excelsa, que é inspirada pela caridade.

O primeiro diz respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. A comunidade internacional reconhece que os recursos do mundo são limitados e que todas as pessoas têm o dever de realizar políticas que tenham em vista salvaguardar o meio ambiente, a fim de impedir a destruição do capital natural, cujos frutos são necessários para o bem-estar da humanidade. Para enfrentar este desafio, é exigida uma abordagem interdisciplinar, como aquela que já estais a utilizar.

É também necessário ter a capacidade de avaliar e prever, averiguar as dinâmicas da transformação ambiental e do crescimento sustentável, bem como elaborar e aplicar soluções no plano internacional. É preciso prestar uma atenção particular ao facto de que os países mais pobres, provavelmente, terão que pagar o preço mais elevado pela deterioração ecológica. Na minha Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, recordei que "a destruição do meio ambiente, um uso impróprio ou egoísta do mesmo e a apropriação violenta dos recursos da terra... são fruto de um conceito desumano de desenvolvimento. Com efeito, um desenvolvimento que se limitasse ao aspecto técnico-económico, esquecendo a dimensão moral-religiosa, não seria um desenvolvimento humano integral e terminaria, ao ser unilateral, por incentivar as capacidades destruidoras do homem" (n. 9). Ao enfrentar os desafios apresentados pela tutela do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, somos chamados a promover e a "salvaguardar as condições morais para uma autêntica "ecologia humana"" (Centesimus annus, 38). Isto, por sua vez, exige um relacionamento responsável não somente com a criação, mas inclusive com o nosso próximo, de perto e de longe, no espaço e no tempo, mas também com o Criador.

Isto leva-nos ao segundo desafio, que compromete o nosso conceito da pessoa humana e, consequentemente, os nossos relacionamentos recíprocos. Se os seres humanos não forem considerados como pessoas, homem e mulher criados à imagem de Deus (cf. Gn 1, 26) e dotados de uma dignidade inviolável, será realmente difícil alcançar a justiça integral no mundo. Não obstante o reconhecimento dos direitos da pessoa, contido nas declarações internacionais e nos vários instrumentos legais, ainda é necessário realizar muito progresso a fim de que este reconhecimento venha a contribuir para a resolução de problemas mundiais, como o fosso crescente entre os países ricos e os países pobres; a distribuição e a atribuição desiguais dos recursos naturais e da riqueza produzida pela actividade humana; a tragédia da fome, da sede e da pobreza num planeta onde existe abundância de alimentos, de água e de prosperidade; os sofrimentos humanos dos refugiados e das pessoas deslocadas; as incessantes hostilidades em numerosas regiões do mundo; a carência de uma suficiente salvaguarda legal dos nascituros; a exploração das crianças; o tráfico internacional de seres humanos; e muitas outras injustiças graves.

Um terceiro desafio está relacionado com os valores do espírito. Coagidos pelas preocupações económicas, tendemos a esquecer que, diversamente dos bens materiais, os bens espirituais propriamente humanos se ampliam e se multiplicam quando são transmitidos: diversamente das coisas divisíveis, os bens espirituais como o conhecimento e a educação resultam ser indivisíveis, e quanto mais são compartilhados, tanto mais são possuídos. A globalização incrementou a interdependência entre os povos, com as suas diferentes tradições, religiões e sistemas de educação. Isto significa que os povos do mundo, em virtude de todas as suas diferenças, aprendem constantemente uns dos outros e entram em contactos mútuos cada vez mais profundos. Por isso, é ainda mais importante a necessidade de um diálogo que possa ajudar as pessoas a compreenderem as suas próprias tradições em relação às dos outros, a desenvolverem uma maior consciência diante dos desafios que se apresentam à sua identidade e, deste modo, a promoverem a compreensão e o reconhecimento dos valores humanos genuínos, no contexto de uma perspectiva intercultural. Em vista de enfrentar estes desafios, é urgentemente necessária uma justa igualdade de oportunidades, de forma especial no campo da educação e da transmissão do saber. Infelizmente a educação, de modo particular a nível primário, continua a ser dramaticamente insuficiente em numerosas regiões do mundo.

Para enfrentar tais desafios, somente o amor ao próximo pode inspirar em nós a justiça ao serviço da vida e a promoção da dignidade humana. Exclusivamente o amor no seio da família, alicerçado num homem e numa mulher criados à imagem de Deus, pode garantir a solidariedade intergeracional, que há-de transmitir o amor e a justiça às gerações vindouras. Só a caridade pode encorajar-nos a inserir a pessoa humana no fulcro da vida na sociedade e no cerne de um mundo globalizado, governado pela justiça.

Queridos Membros da Academia, é com estas considerações que vos animo ao dardes continuidade a este vosso importante trabalho. Sobre vós e os vossos entes queridos, invoco cordialmente as Bênçãos divinas da sabedoria, da alegria e da paz.

Vaticano, 28 de Abril de 2007.

PAPA BENTO XVI


[Tradução distribuída pela Santa Sé
© Copyright 2007 - Libreria Editrice Vaticana]

Monday, May 21, 2007

Sob o Céu do Cruzeiro

Sob o Céu do Cruzeiro:

Uma curiosidade: atualmente a constelação do Cruzeiro do Sul não pode ser vista da Terra Santa, mas era possivel visualizá-la nessa região na epoca do nascimento de:

Nosso Senhor Jesus Cristo