Bem vindos, catequisandos e catecúmenos do século 21.
A proposta deste blog é de subsidiar os meus trabalhos de catequista na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, 312 Sul, Bsb. Convido todos os possíveis leitores deste humilde espaço para refletir os desafios da catequese dentro de uma visão cristocêntrica, racional, que faça frente à multiplicidade visões paradigmáticas, cristãs, pagãs, neo-pagãs e mesmo ati-cristãs.
Apreciai tudo e retem o que é bom (rom, xx)
Abraços,
o editor
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Carlos Magno desafia Átila
A lógica da não violência no paradigma cristocêntrico
(Interpretação de homilia do Pde Mário proferida em 18.02.2007)
A lógica do cristianismo, porque acreditamos proveniente da lógica divina, é perfeita. Mesmo porque Deus é lógica e o primeiro princípio da lógica é o da não contradição. Se Deus é perfeito seu agir é perfeito dentro ou fora do tempo, para sempre. Mas seu projeto pedagógico para o homem teve de prever as terríveis limitações impostas pela desobediência inicial de Adão, daí que as formas de se lhe dar com o comportamento violento do outro tiveram que ser paulatinamente implementadas: inicialmente, civilizações primitivas, aceitava-se o homicídio por causa de uma agressão física... Com a caminhada do povo hebreu ainda prevaleceu a influencia cultural da lógica do olho por olho, mas sabiamente regulamentada nos 10 mandamentos. Foi preciso esperar o advento de Cristo para que se se pudesse estabelecer toda a radicalidade do amar até os inimigos de Lucas (Lc 6,27). Ao superar sobremaneira nossa capacidade, tal postura nos faz mais que nunca dependentes da forca superior mas também faz-nos efetivamente semelhantes a Deus!
Para o espírito pragmático de hoje, num sentido de agir prático para um fim “maior” o primeiro questionamento que surge é de como seria possível ao homem racional contrariar a forca de seus instintos de sobrevivência
As principais forças que governam nossas ações são a inteligência, a vontade e as emoções. Dessas, na verdade apenas a primeira é componente intrínseco de Deus repassada ao homem, a que deveria bastar-se por si mesma, sempre prevalecendo sobre as outras. Ao contrário do que pensam os naturalistas positivistas, as ações não são governadas pelo sistema nervoso central (apenas ou majoritariamente – pelo menos em pessoas normais, sadias). Existe um componente natural e outro sobrenatural que ao final contribuem para a prevalência do bem comum, rumo ao reino de Deus, apesar dos inimigos. Ao ser atingido violentamente por outrem, devo buscar voltar-se a mim mesmo e controlar minhas emoções subordinado-as totalmente a essa lógica maior...
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